14 Fatores de Risco Modificáveis para Demência: Atualização da Lancet 2024

A demência é uma das maiores causas de incapacidade e dependência em idosos no mundo. A boa notícia é que até 40% dos casos podem ser prevenidos ou adiados, segundo as evidências mais recentes da Lancet Commission on Dementia Prevention, Intervention, and Care (2024).

Neste artigo, você vai conhecer os 14 fatores de risco modificáveis para demência, atualizados em 2024, e como cada um deles pode ser trabalhado ao longo da vida para reduzir significativamente o risco de Alzheimer e outras demências.

O que são fatores modificáveis de risco para demência?

Fatores modificáveis são condições que podem ser evitadas, tratadas ou controladas com intervenções médicas, sociais ou comportamentais. A Lancet Commission atualizou em 2024 uma lista baseada em fortes evidências científicas sobre como esses fatores contribuem para o risco de demência ao longo da vida.

Os 14 fatores modificáveis para prevenir a demência 

  1. Baixo nível educacional na infância

    • Menor reserva cognitiva aumenta o risco.

    • Educação básica de qualidade é um investimento preventivo.

  2. Hipertensão arterial (principalmente na meia-idade)

    • A pressão alta danifica vasos cerebrais e está ligada à demência vascular.

  3. Obesidade

    • Associada a inflamação crônica e doenças metabólicas que afetam o cérebro.

  4. Diabetes

    • O diabetes tipo 2 está fortemente ligado à perda cognitiva acelerada.

  5. Tabagismo

    • Fumar aumenta o risco de AVC, danos vasculares e neurodegeneração.

  6. Consumo excessivo de álcool

    • O uso abusivo causa atrofia cerebral e piora funções cognitivas.

  7. Perda auditiva não tratada

    • Pode levar a isolamento social, menor estímulo cerebral e demência.

  8. Depressão

    • A depressão crônica contribui para alterações estruturais cerebrais.

  9. Baixa atividade física

    • A falta de exercício prejudica a oxigenação cerebral e o metabolismo.

  10. Isolamento social

    • Estar socialmente isolado reduz estímulo cognitivo e aumenta risco de Alzheimer.

  11. Poluição do ar

    • Estudos associam exposição prolongada a partículas finas com neuroinflamação e risco aumentado de demência.

  12. Traumatismo cranioencefálico (TCE)

    • Lesões na cabeça, especialmente repetidas, aumentam o risco de demência, como na encefalopatia traumática crônica.

  13. Colesterol alto

    • Relação com aumento de risco cardiovascular.

  1. Prejuízo na acuidade visual

    • Aumento risco de quedas.

Como reduzir o risco de demência?

A prevenção é possível em todas as fases da vida:

  • Infância e juventude: acesso à educação básica de qualidade.

  • Meia-idade: controle de pressão, peso, diabetes, evitar álcool e tabaco.

  • Idade avançada: manter conexões sociais, corrigir perda auditiva, fazer atividade física e cuidar da saúde mental e do sono.

Quando procurar um neurologista?

Você deve consultar um neurologista especializado em memória e demência se notar:

  • Esquecimento frequente

  • Dificuldade para realizar tarefas rotineiras

  • Mudança de comportamento ou humor

  • Queda do desempenho intelectual

  • História familiar de Alzheimer


Texto de cunho educativo e não substitui a avaliação médica.

Criado por: Dr. Guilherme Cristianini Baldivia - CRM-SP 197053 - RQE 98601


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